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O levantamento deve servir para alertar os estados e os municípios. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que atualmente "nós temos, sim, uma epidemia em alguns estados no país". Oito deles concentram 84% dos casos: Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso e Espírito Santo.
O boletim constatou que o DENV-4, um dos quatro sorotipos do mosquito no Brasil, corresponde a 52,6% dos casos. Por se tratar de um tipo novo da doença - chegou ao país no final de 2010 -, encontra maior vulnerabilidade entre a população, o que pode explicar o índice maior de ocorrências. A dengue DENV-4 apresenta os mesmos sintomas, profilaxia e tratamento da dengue já conhecida. O secretário de vigilância do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, afirma que o DENV-4 chegou a praticamente todos os estados e que a tendência é que a disseminação seja mantida.
"Apesar de o número de mortes ter diminuído, não podemos relaxar", afirma Alexandre Padilha. "Estamos apenas no início do enfrentamento da dengue, que se estenderá até maio, e devemos continuar agindo para evitar mais casos." O ministro explicou ainda o perfil dos casos de óbito. Normalmente, são pessoas idosas e já com debilidades decorrentes de outras doenças, como hipertensão e diabetes.
Transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, a dengue tem como principais manifestações febre com duração de até sete dias acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares, dores nas articulações, cansaço e vermelhidão no corpo. "Embora pareça pouco agressiva, a dengue pode evoluir para o tipo hemorrágico, caracterizado por sangramento interno e queda de pressão arterial, o que eleva o risco de morte", aponta o infectologista Ralcyon Teixeira do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. A melhor maneira de combater esse mal é impedindo a reprodução do mosquito.
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